Sufrágio

31 de mai. de 2011

A Vida Passa.

Quando vemos a morte ceifar vidas à nossa volta, sentimos relutância e dor por temos também de perecer, vemos com maior claridade que nunca, como são verdadeiras as palavras do salmo 101 : " Ó Senhor, Vós sois o que ao princípios criastes a terra. Os céus são obra de vossas mãos. Eles vão perecendo e Vós permaneceis. Todas as coisas envelhecem como a roupa; Vós mudai-las como se muda um vestido, e vão-se mudando. Mas Vós permaneceis sempre o mesmo e os vossos anos não terão fim".
Ah! como o Salmista tinha razão!
Tudo se torna antiquado e velho, como a roupa. Esta é a pura verdade.
Todo o universo em que vivemos vai envelhecendo. Envelhece e gasta-se também a terra.
Os corpos celestes arrefecem. Um ano ou um século pouco é na vida do universo; mal merece contar-se. Mas quando os séculos e os milênios se seguem uns após outros, incessantemente, já é outras coisa. A terra e o mundo inteiro vão envelhecendo. Naturalmente os homens não consideram estes fatos pelo lado trágico. ''O sol envelhece e um dia apagar-se-a ? Que importa? A terra vai envelhecendo e um dia acabar-se-a ?
 Deixá-lo acabar!" Tudo isso não nos preocuparia  muito, se não advertíssemos outras coisas. O homem não pode notar como o sol e a terra  vão envelhecendo. Mas adverte muito bem que os mesmos homens envelhecem. Envelhecem os conhecidos, os amigos, os parentes e também, ai! envelhecem ele mesmo.
E como envelhece o homem ?
-Ui ! quantos cabelos brancos nessa cabeça!
-exclamamos ao encontrarmos um amigo a quem não vimos durante muito tempo.
-Donde vens assim vestido? perguntamos-lhe depois.
 - Do casamento do Carlos.
- O que? Já casou? Parece-me que estou a ver brincar nos meus joelhos. Vamo-nos fazendo velhos! Sim. Tudo se torna antiquado e velho como a roupa......
Mas Vós, ó meu Deus, permaneceis sempre o mesmo e os vossos anos nunca terão fim.
Em Deus " Não há mudança, nem sombra de variação".
"Antes que se formasse a terra e o universo, desde sempre e por toda a eternidade, Vós existis, ó meu Deus!
" Mil anos diante dos vossos olhos são como o dia de ontem que já passou". É um belo costume dos fieis, benzerem-se ao passarem diante de uma igreja,quer vão em automóveis velozes,quer vão a pé. Nestas ocasiões o homem efêmero presta homenagem ao ser eterno, que é Deus.
Quando à nossa volta tudo é corroído pelo verme do tempo, quando de todos os lados sai a voz lúgubre da morte, eu, pobre homem, fraco e mortal, esforço-me por me apegar ao Deus eterno. Confio em Deus, que "permanece sempre o mesmo e cujos anos nunca terão fim". Confio em Deus que foi capaz de tirar do nada este imenso universo. Confio em Deus que teve poder para o sustentar durante milênios. Confio em Deus sem cuja permissão não há de cair um só cabelo da minha cabeça nem há de morrer uma avezinha do céu. Por isso ao contemplarmos o domínio da morte, não devemos contentar-nos com o um sentimentalismo fácil. A morte há de recordar-nos principalmente duas coisas : as nossas responsabilidades e os nossos deveres. As nossas responsabilidades para com a vida terrena, e os nossos deveres para com Deus.

16 de mai. de 2011

Santa Catarina de Génova e o Purgatório

Após uma visão do Purgatório, exclama: Que coisa terrível é o Purgatório! Confesso que nada posso dizer e nem conceber que se aproximes sique da realidade. vejo que as penas que lá padecem as almas são tão dolorosas como as penas do inferno.
O Purgatório tem penas, diz a autoridade de Santo Tomás de Aquino, penas que ultrapassam a todos os sofrimentos deste mundo.É o mais horroroso de todos os martírios. E como não hão clamar as benditas almas das profundezas do abismo das chamas expiadoras : - Tende compaixão de mim!
Segundo os teólogos e autores abalizados, as almas do Purgatório sofrem tanto que não há na linguagem humana o que possa traduzir os tormentos terríveis que padecem. Santa Catarina de Génova, chamada a teóloga do Purgatório, a quem Nosso Senhor revelou o sofrimentos da expiação dos justo, diz ser impossível traduzir na linguagem humana e o nosso entendimento não pode conceber tal sofrimento. É preciso uma graça e uma iluminação especial de Deus para compreender estas coisas, dizia a Santa. " É pior que todos os martírios". " As penas do Purgatório são passageiras, não são eternas, diz São Gregório Magno, mas creio que são mais terríveis e insuportáveis que todos os males desta vida".  " Se o homem tivesse de suportar os tormentos do Purgatório, a dor o mataria num instante. A alma imortal por sua natureza torna-se mais forte pela separação do corpo orgânico e por isto tem capacidade para tanto sofrimentos". Há dois sofrimentos, duas penas principais no Purgatório : a pena do dano ou separação de Deus, e a pena do sentido, tormento do fogo.  
Nossos sofrimentos aqui, é brisa suave, em comparação dos sofrimentos das almas do Purgatório, e quantas vezes reclamamos , achando que já sofremos muito?  lembra-te das pobres almas do purgatório, que sofrem de dia a noite , e sem reclamar, pois sabem, que seus sofrimentos, as purificam ,dos seus pecados perdoados, mas não expiados , então devemos deixar de reclamar tanto, oferecer nossos sofrimentos e dores em expiações dos nossos próprios pecados, e também para alivio das pobres almas do purgatório, que já não podem fazer nada mais por elas.

13 de mai. de 2011

Aparição da Santíssima Virgem.

Hoje os Portugueses estão em festa, alias todo povo católico estar em festa, pois faz 94 anos que a Virgem Maria apareceu a Lúcia, Francisco e Jacinta. A primeira aparição foi no dia 13 de maio de 1917.
Brincavam os três videntes na Cova da Iria quando observaram dois clarões como de relâmpagos, após os quais viram a Mãe de Deus sobre a azinheira. Era " uma Senhora vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina,atravessado pelo raios do sol mais ardente", descreve Lúcia. Sua face, indescritivelmente bela,não era " nem triste, nem alegre, mas séria", como ar de suave censura. As mãos juntas, como a rezar, apoiadas no peito e voltadas para cima. Da mão direita pendia um rosário. As vestes pareciam feitas só de luz. A túnica era branca, e branco o manto, orlado de ouro,que cobria a cabeça da Virgem e lhe descia aos pés. Não se lhe viam os cabelos e orelhas. Os traços da fisionomia, Lúcia nunca pôde descrevê-los, pois foi-lhe impossível fitar o rosto celestial, que ofuscava. Os videntes estavam tão perto de Nossa Senhora , a um metro e meio de distância, mais ou menos, que ficavam dentro da luz que A cercava, ou que Ela espargia. O colóquio desenvolveu-se da seguinte maneira.
Nossa Senhora: " Não tenhais medo, Eu não vos faço mal".
Lúcia: " Donde é Vossemecê?
Nossa Senhora: " Sou do Céu" ( e Nossa Senhora ergueu a mão para apontar o céu).
Lúcia: " E que é que vossemecê me quer?
Nossa Senhora : " Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez".
Lúcia : "E eu também vou para o Céu?
Nossa Senhora : " Sim, vais".
Lúcia : E a Jacinta?
Nossa Senhora : " Também".
Lúcia : " E o Francisco?
Nossa Senhora : " Também, mas tem que rezar muitos terços".
Lúcia : " A Maria das Neves já está no Céu?"
Nossa Senhora : " Sim, está".
Lúcia : " E a   Amélia?"
Nossa Senhora : " ESTARÁ NO PURGATÓRIO ATÉ O FIM DO MUNDO.
Nossa Senhora: Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores? " .
Lúcia : " Sim, queremos".
Nossa Senhora : " Ides, pois ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto".
Nossa Senhora ; " Rezem o terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra".
Em seguida, descreve a Irmã Lúcia  - começou a elevar-Se serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros".

( CF. Memórias II, p 126;IV, pp. 330,336; De Marchi, pp. 58-60; Walsh, pp. 52-53; Ayres da Fonseca, pp. 23-26; Galamba de Oliveira, pp. 63-64).


Então, achas ainda que o purgatório não existe?
Pensai nos arrependimentos tardios e doloroso que haveis de ter de vossas faltas no Purgatório.

9 de mai. de 2011

O sofrimento do Purgatório

Exclamava Jó, o profeta, e com ele repetem as santas almas do Purgatório: Tende compaixão de mim! Tende compaixão de mim! ao menos vós que sois meus amigos, porque a mão de Deus me feriu!
Sim, a Justiça de Deus fere as benditas almas para as purificar e santificar e torná-las dignas do esplendor da glória celeste e da visão de Deus. E que sofrimentos incríveis padecem elas! Que fogo devorador!  Fogo que acrisola o ouro e prepara os eleitos para a visão divina, a glória eterna!
Sofrer é condição das almas do Purgatório. Pertencem elas à Igreja padecente. Desde que o pecado entrou no mundo, só pela cruz Jesus nos salvou, e só pelo fogo do sofrimento chegamos ao céu. O purgatório foi chamado o oitavo sacramento do fogo. sacramento da misericórdia na outra vida. As almas do Purgatório, diz o P. Faber, estão num estado de sofrimento que a nada se pode comparar e nem pode fazer uma ideia.
Segundo Santo Tomás e Santo Agostinho, quanto ao sofrimento, as penas do Purgatório são análogas às do inferno. Pois caro leitor os sofrimentos dessa vida nem se compara com as do Purgatório,por isso temos que sofrer com paciência nesta vida,para poder reparar o mal que fizemos a Deus e ao próximo, e oferecer as nossas dores e sofrimento em reparação daquelas que nada podem fazer por si mesma, só esperam por nossa ajudar, o tempo é este em que podemos fazer penitencias e rogar a Deus por elas, pois chegara um dia que estaremos também nesta prisão e esperando só as orações dos outros, mas se nada fizemos por elas, como poderemos receber as orações dos outros? Colhe o que se planta, se muito fiz muito receberei, se nada fiz também nada receberei, então não deixemos o tempo passar, sem nada fazer por elas, que necessitam tanto das nossas orações, como um dia nós também necessitaremos das orações dos outros.

6 de mai. de 2011

Advertência da Morte.

Paraste alguma vez, amigo leitor, no meio duma ponte, sobre um rio cujas águas arrastam com impetuosidade enormes blocos de gelo?
Repara nesses blocos, e não é necessário demorar-te a olhar muito tempo. De repente, parece que toda a ponte se move debaixo dos nossos pés e que nós também nos movemos e vamos arrastados pela corrente. Instintivamente agarramos ao parapeito, à procura de um ponto fixo que resista ao ímpeto das águas. Parecidos sentimentos de inquietação se apoderam da alma todas as vezes que pensamos na caducidade das coisas deste mundo, no grande e caudaloso rio da vida, todas as vezes que  observamos como neste imenso oceano do tempo as vagas desta vida vão passando rapidamente por debaixo de nós. Nestes transes, parece-nos que também nós somos arrastados na vertigem da vida que passa, e instintivamente agarramos à fé neste dogma da vida eterna, único parapeito que oferece confiança aos mortais.
Por muito séria e honrada que seja a nossa vida, não podemos negar que também nós, os cristãos, nos deixemos impressionar com o pensamento da morte.
1º Nós impressionamos ao pensar que depressa passa a vida. Assustamos ante a perspectiva da morte certa. Não permitamos que esta impressão deprimente degenere em sentimentalismo; mas procuremos encontrar nela um aviso salutar. A morte adverte-nos.
2º Chamai-nos a atenção para a nossa responsabilidade;
3º E para a obrigação que temos de cumprir os nossos deveres.
Pois queira ou não, meu amigo, um dia iremos prestar contas a Deus de tudo que fizemos e aquilo também que deixamos de fazer,e iremos ver que tudo aquilo que não fizemos para a Glória de Deus e para o crescimento do nosso próximo e para a nossa santificação, foi um tempo perdido, que não voltara nunca mais, e quantas vezes deixamos de fazer a nossa obrigação como Cristão por preguiça, por comodismo, ou mesmo por falta de amor para com o próximo,e o tempo favorável é este, enquanto estamos com saúde e estamos com vida, pois a vida é breve e sem percebermos estamos a cada dia nos aproximando da morte.

4 de mai. de 2011

Futura beata tem visão de Lutero no inferno.

Em 1883, a Irmã Maria Serafina Micheli (1849-1911), que será beatificada em Faicchio, na província de Benevent, diocese de Cerreto Sannita (Itália), em 28 maio de 2011, fundadora das Irmãs dos Anjos, estava passando por Eisleben, na Sassonia, cidade natal de Lutero. Naquele dia se festejava o quarto centenário do nascimento do grande herege (10 de novembro de 1483), que dividiu em duas a Europa e a Igreja, deste modo as ruas estavam lotadas, as varandas enfeitadas com bandeiras. Entre as numerosas autoridades presentes aguardava-se, a qualquer momento, a chegada do empreendedor Guglielmo I, que presidiria a celebração solene. A futura beata, embora notasse o grande tumulto, não estava interessada em saber a razão para aquele entusiasmo inusitado, seu único desejo era procurar uma igreja e rezar para poder fazer uma visita a Jesus Sacramentado. Depois de caminhar por algum tempo, finalmente, encontrou uma, mas as portas…
… estavam fechadas. De todo modo, ela se ajoelhou na escadaria de acesso para fazer as suas orações. Sendo noite, não havia percebido que não era uma igreja católica, mas protestante. Enquanto rezava, o Anjo da Guarda lhe apareceu e disse: “Levanta-te, pois esta é uma igreja protestante”. E acrescentou: “Mas eu quero fazer-te ver o local onde Martinho Lutero foi condenado e a pena que sofreu em castigo do seu orgulho”.
Depois destas palavras, ela viu um terrível abismo de fogo, no qual eram cruelmente atormentadas um incalculável número de almas. No fundo deste precipício havia um homem, Martinho Lutero, que se distinguia dos demais: estava cercado por demônios que o obrigavam a se ajoelhar e todos, munidos de martelos, se esforçavam, em vão, em fincar em sua cabeça um grande prego. A Irmã pensou: se o povo em festa visse esta cena dramática, certamente, não tributariam honra, recordações, comemorações e festejos para um tal personagem. Em seguida, quando se apresentou a ocasião, recordou às suas irmãs que vivessem na humildade e no recolhimento. Estava convencida de que Martinho Lutero fora punido no inferno, sobretudo, por conta do primeiro pecado capital, o orgulho.
O orgulho o fez cair em pecado capital, conduziu-o à rebelião aberta contra a Igreja Católica Romana. A sua conduta, sua postura para com a Igreja e a sua pregação foram determinantes para enganar e levar muitas almas superficiais e incautas à ruína eterna. Se quisermos evitar o inferno, vivamos na humildade. Aceitemos não ser considerados, valorizados e estimados por aqueles que nos conhecem. Não nos queixemos quando formos desprezados ou deixados por último por outros que pensamos ser menos dignos que nós. Jamais critiquemos, por qualquer razão, as ações daqueles que nos rodeiam. Se julgarmos os outros, nem sequer somos cristãos. Se julgarmos os outros, não somos sequer nós mesmos.
Confiemos sempre na graça de Deus e não em nós mesmos. Não nos preocupemos excessivamente com nossa fragilidade, mas com nosso orgulho e presunção. Digamos freqüentemente com o salmista: “Senhor, meu coração não se enche de orgulho, meu olhar não se levanta arrogante. Não procuro grandezas, nem coisas superiores a mim.” (Salmo 130). Ofereçamos a Deus nosso “nada”: a incapacidade, a dificuldade, os desânimos, as desilusões, as incompreensões, as tentações, as quedas e as amarguras de cada dia. Reconheçamo-nos pecadores, necessitados de sua misericórdia. Jesus, justamente porque somos pecadores, só nos pede que abramos nosso coração e nos deixemos ser amados por Ele. Esta é a experiência de São Paulo: “porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo “(2 Cor. 12,9). Não impeçamos o amor de Deus para conosco com o pecado ou com a indiferença. Demos sempre a Ele mais espaço em nossa vida, para viver em plena comunhão com Ele no tempo e na eternidade.

Stanzione, Pe. Marcello. Futura beata viu Lutero no inferno. Frates in Unum.com. [Traduzido por Frates in Unum.com]. Disponivel em: http://fratresinunum.com/2011/02/21/futura-beata-viu-lutero-no-inferno/#more-11824 – Acesso em: 21 de Fevereiro de 2011.
 Texto tirado de
http://www.paraclitus.com.br/2011/anoticias/futura-beata-tem-visao-de-lutero-no-inferno/

1 de mai. de 2011

Santa Faustina e o Purgatório.

Em seu Diário A Misericórdia Divina na minha alma,ela nos relata a visão do Purgatório:
-Vi o Anjo da Guarda que me mandou acompanhá-lo. Imediatamente encontrei-me num lugar enevoado, cheio de fogo, e, dentro deste, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas rezavam com muito fervor, mas sem resultado para si mesmas; apenas nós podemos ajudá-las. As chamas que as queimavam não me tocavam. O meu Anjo da Guarda não se afastava de mim nem por um momento. E perguntei a essas almas qual era o seu maior no sofrimento. Responderam-me, unânimes, que o maior sofrimento delas era a saudade de Deus. Vi Nossa Senhora que visitava as almas no Purgatório. As almas chamam a Maria " Estrela do Mar." Ela lhes traz alívio. Queria conversar mais com elas, mas meu Anjo da Guarda fez-me sinal para sair. Saímos pela porta dessa prisão de sofrimento.[ Ouvi então uma voz interior] que me dizia: A Minha misericórdia não deseja isto, mas a justiça exige.
O sofrimento é uma grande graça. Pelo sofrimento, a alma assemelha-se ao salvador; no sofrimento, cristaliza-se o amor. Quanto maior sofrimento, tanto mais puro torna-se o amor.
-Em determinado momento, à noite, veio ter comigo uma das nossas Irmãs, que morreu há dois meses. Era uma Irmã do primeiro coro. Vi-a num estado terrível. Toda em chamas, o rosto retorcido de dores. Isso durou um breve momento e logo desapareceu. Um tremor atravessou a minha alma, porque não sabia onde sofria, se no Purgatório ou no inferno; contudo, dobrei as minhas orações por ela. Na noite seguinte veio novamente, mas a vi em estado mais terrível, em chamas ainda mais intensas; no seu rosto estampava-se o desespero. Fiquei muito admirada porque, depois das orações que por ela ofereci, vi-a em pior estado e perguntei : "Não lhe ajudaram as minhas orações? " - Respondeu-me que nenhuma. " Essas orações beneficiaram outras almas." Disse-lhe então : Se as minhas orações nada ajudaram à Irmã, peço que não volte mais a mim." E desapareceu imediatamente. No entanto, não cessava de rezar. Depois de algum tempo, veio visita-me novamente à noite, mas num estado diferente.Já não estava em chamas, como antes, e o seu rosto estava radiante, os olhos brilhavam de alegria e disse-me que eu de fato possuía verdadeiro amor ao próximo, que muitas outras almas tiraram proveito das minhas orações e encorajava-me a não deixar [de rezar] pelas almas que sofrem no Purgatório e disse-me que ela já não ficaria por muito tempo no Purgatório. Na verdade, admiráveis são os desígnios de Deus!
A graça que é destinada para mim nesta hora não se repetirá na hora seguinte. Ser-me-á dada ainda, mas já não será a mesma. O tempo passa e nunca volta. O que porém,nele se encerra fica selado por todos séculos.

Então cabe a nós, mandar celebrar Santa Missas, fazer penitência, rezar, pelas almas do Purgatório, pois elas já não podem fazer nada por elas,só espera por nossa ajuda. Hoje em que festejamos a Divina Misericórdia , o inicio do mês Mariano, São José e a Beatificação de João Paulo II ,não deixemos de pedir pelas pobres almas do Purgatório.

 Texto tirado do Diário da Santa Faustina.
A Misericórdia Divina na minha alma.(pagina 24,25 e 37,38).