Sufrágio

24 de jul. de 2011

O Dever da Decisão Firme.


Se tudo corre para a morte, se um dia tudo há de fugir-me das mãos, saúde, beleza, dinheiro, gozo, fortuna, dignidade, fome, numa palavra, tudo! 
-neste caso, a terra não pode ser tudo para mim, mas há de selo a vida eterna. A terra e as coisas que ela me oferece, não hão de ser senão meios para alcançar a vida eterna. Quando Dante, na sua viagem imaginária, chegou à porta do Paraíso, antes de entrar, dirigiu um último olhar para a terra. " Voltei o rosto e vi através das sete esferas, escreve, vi a terra.  Era tão pequena, que ao vela sorri. O que? Este lugar tão diminuto é aquele que nos absorve por completo tão frequentemente? " Não se apoderou também de nós o mesmo sentimento quando no último instante do ano deitámos um olhar retrospectivo pelo ano que ia findar? Como se reduzem a um ponto mínimo os 12 meses, as 52 semanas, os 365 dias do ano que já passou! Foi este o ano que tantas vezes nos pôs orgulhosos, que nos fez tão atrevidos e tão pecadores ?
Ah! para quantos homens a terra é tudo! A terra e seus gozos, o seu oiro, as suas riquezas, o seu dinheiro.  "Quem tem dinheiro, tem tudo", diz-se tantas vezes.
E contudo, não é verdade. Com dinheiro podes comprar alimentos, mas não apetite. Com o dinheiro podes comprar remédios, mas não a saúde. Podes comprar colchões bons, mas não sono aprazível. Podes comprar conhecidos mas não amigos. Podes comprar criados, mas não a fidelidade. E principalmente, com dinheiro podes comprar uma bela sepultura para teu corpo no cemitério, mas não o lugar para tua alma na vida eterna.... Não, mil vezes não! Sejamos, pois prudentes. Agora ainda é tempo. Deus deixa ainda nas nossas mãos o curso da vida. Não a desbaratemos. Santo Agostinho, ponderando o valor do tempo, diz : "Os segundos são sementes da eternidade".  O tempo é tão precioso e de tanto valor como a eternidade, ainda mais, como o mesmo Deus. Porque com o tempo bem aproveitado podemos ter a eternidade feliz, e obter a Deus.

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