Sufrágio

9 de out. de 2010

A Santa Comunhão Pelos Mortos.


Sim, depois da Santa Missa, não há sufrágio melhor e mais poderoso para socorrer as pobres almas que a santa Comunhão, escreveu
São Boaventura: " que a caridade te leve a comungar, porque nada há tão eficaz para proporcionar descanso aos que padecem no purgatório".
É verdade que a Eucaristia como alimento espiritual é destinada aos vivos´.
É o cibus viatorum - alimento dos viajores, no expressivo e belo dizer da Liturgia.
Tem por fim sustentar a alma na
peregrinação terra, fortificá-la na luta contra os inimigos.
Como pode ser um auxílio e sufragar os mortos?
Discutiram os teólogos esta questão, mas todos estão de acôrdo que muito
mérito e muitas obras boas faz quem recebe o Corpo de Cristo, e esta união íntima da alma com seu Deus a torna mais agradável e mais poderosa para intercerder pelos mortos, e torna a Comunhão um dos mais poderoso e úteis sufrágios depois da Santa Missa. Dizia Tobias: " Põe o teu pão e o teu vinho sôbre a sepultura do justo".
Como se aplica bem esta passagem da Escritura à Comunhão pelos mortos"
É o Pão de vida eterna e o Vinho transubstanciado no Sangue de Jesus Cristo que vamos colocar em nosso coração para imploramos a misericórdia pelos nossos queridos e saudosos mortos!
A lembrança do mortos unida à Santa Eucaristia é tão bela e consoladora!
Não é só pelo Sacrifício do Corpo e Sangue de Jesus Cristo que se pode aliviar as almas do purgatório. A Sagrada Eucaristia, como sacramento, pode ser grande alívio para os defuntos, principalmente quando os fiéis vivos se unem para aplicar o fruto de uma Comunhão geral. É uma prática autorizada pela Igreja. A Comunhão dignamente recebida é muito proveitosa para os fiés defuntos. Quantos atos bons não se praticam numa só comunhão!
Preparação habitual pelo estado de graça que muitas vêzes custa tanto ao cristão conservá-lo, preparação próxima pelos atos de fé, esperança e de amor, enfim, os sacrifícios que tornam meritória para os defuntos com sufrágio, a Comunhão.
E demias, aquela união íntima da alma com seu Criador e Redentor nos momentos depois da Comunhão, não fazem de quem comunga um mediador entre Deus e as pobres almas, para pedir, com fervor, o alívio dos mortos?
Diz Santo Ambrósio que "a Eucaristia é um sacramento de descanso e paz apara os defuntos e ao mesmo tempo um banquete". Logo, a Comunhão pode aliviar os mortos, na opinião do Santo Doutor. São João Crisóstomo chama a Comunhão, " auxílio dos defuntos".
E São Cirilo, o maior dos auxílios dos defuntos -maximum defunctorum juvamen.
Se soubéssemos quantas graças de santidade podemos atrair para nossas almas com a Santa Comunhão, com a participação do Corpo e Sangue de Cristo, quanto consôlo e alívio podemos dar aos que sofrem no purgatório, sentiríamos um desejo ardete de comungar muitas vêzes pelos nossos mortos e aplicar em sufrágio das pobres almas sofredoras todos os méritos que podemos adquirir com as nossas comunhões fervorosas.
Procuremos fazer boas Comunhões, lembrando-nos de que, quanto melhor as fizemos, tanto mais aliviamos os mortos.




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